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Mary Fahl - From the Dark Side of the Moon (2007)

A versão mais charmosa do clássico do Pink Floyd


Fazer um álbum de covers é uma das formas que um artista encontra pra homenagear suas influências ou prestar tributo a grandes canções. A americana MARY FAHL conseguiu fazer mais que uma homenagem; ela recriou o maior clássico do PINK FLOYD, “The Dark Side of the Moon”, de forma a despertar perplexidade semelhante a que se tem ao ouvir a versão original do disco. Tarefa que certamente não foi fácil.

MARY FAHL, ex-vocalista do OCTOBER PROJECT, é uma cantora versátil, seu estilo é uma mistura de Pop, Jazz e New Age, e é exatamente essa mistura que está na essência desse tributo. Após ter gravado dois trabalhos solo sem muita expressão, MARY percebeu que precisava de um repertório mais consistente para gravar um novo trabalho, optando então por fazer um álbum de covers. O produtor David Warner sugeriu que a cantora regrava-se uma obra clássica completa, ao invés de um compilação de sucessos distintos, e assim surgiu “From the Dark Side of the Moon”.

As surpresas já iniciam em “Speak to Me”, o arranjo coloca a voz da cantora em um ambiente tribal, fazendo com que a introdução lembre a sonoridade de um ritual. Em “Breathe” nota-se os primeiros traços jazzísticos que estarão presentes em grande parte do álbum, e é também onde se percebe o grande talento da cantora, que possui um timbre belíssimo, intimidante.

Grande parte de “The Dark Side of the Moon” é instrumental; MARY brincou com esse fator, misturando jogos vocais a instrumentação dos trechos que não são cantados, como em “On the Run” que ganhou uma roupagem pop fantástica. Dando sequência, “Time” (que teve o som dos despertadores substituídos por uma sirene de incêndio unida a um barulho semelhante ao alarme de um carro) inicia de forma suave, em oposição a enigmática versão original, mostrando que a proposta de MARY é revestir as músicas com uma certa “classe”. Em “Time” a cantora adiciona uma certa melancolia a letra.

Em “The Great Gig in the Sky”, a interpretação não chega a agradar. Apesar de sua competência MARY não impressiona tanto quanto CLARE TORRY no seu improviso vocal. “Money” é a canção mais pop do álbum, com levadas agradáveis de guitarra, gaita de boca e baixo.

“Us and Them” ficou basicamente bonita, já “Any Colour You Like” recebeu pitadas de canto gregoriano que modernizaram o teor tranquilizante da versão original. “Brain Damage” é interpretada como se fosse um apelo, conseguindo ser uma das músicas mais emocionantes do trabalho, ao lado da última faixa “Eclipse”.

O projeto “From the Dark Side of the Moon” foi gravado em 2007 mas nunca foi oficialmente lançado, por motivos até então desconhecidos. Uma pena, pois é um álbum muito interessante que permite uma nova análise de uma velha e excelente obra.

No vídeo Abaixo, Mary canta "Going Home", canção que faz parte da trilha sonora do filme Deuses e Generais. Não encontrei vídeos dela cantando músicas do The Dark Side, mas já dá pra ver o que a moça sabe fazer.


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